

Endometriose

O útero é revestido pelo endométrio (camada interna) e, após a ovulação, é preparado para receber o implante do óvulo após a fecundação. Caso não ocorra, o endométrio descama gerando a menstruação e em seguida um novo ciclo ovulatório.
Uma das teorias para explicar o aparecimento de endometriose é que um pouco desse sangue migra no sentido oposto, via tuba uterina. Com isso pode implantar em outras estruturas: tubas uterinas, ovários, útero, intestino e bexiga, principalmente.
Incidência
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6 milhões de mulheres brasileiras
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10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva
Fatores de Risco
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História familiar: 6x mais risco em paciente com mãe ou irmã com a doença;
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Menarca (primeira menstruação) precoce;
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Ciclos menstruais frequentes ou longos especialmente sete dias ou mais);
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Nuligesta (nunca ter tido gestação);
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Alterações anatômicas: hímen imperfurado (bloqueio da passagem do sangue da menstruação) e anormalidades uterinas.
Quadro Clínico
Os sintomas podem iniciar na puberdade, após primeira menstruação.
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Dor pré-menstrual e durante a menstruação;
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Dor crônica pélvica;
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Dor durante as relações sexuais;
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Fadiga crônica e exaustão;
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Sangramento menstrual intenso ou irregular;
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Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
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Dificuldade para engravidar e infertilidade.
Diagnóstico
O diagnóstico geralmente é tardio, em média entre 25 e 35 anos.
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História clinica;
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Exames de imagem:
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Ressonância nuclear magnética;
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Ultrassom transvaginal com preparo intestinal;
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Ecoendoscopia digestiva baixa (acometimento do reto).
Importante o médico especificar a suspeita clínica no momento da solicitação do exame e orientar a paciente sobre o diagnóstico.